"MENTES CRIATIVAS SÃO CONHECIDAS POR RESISTIREM A TODO TIPO DE MAUS TRATOS."
SIGMUND FREUD

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

S.O.S BOMBEIROS - PEC 300 já!: Bombeiros e problemas psicológicos e psiquiátricos...

S.O.S BOMBEIROS - PEC 300 já!: Bombeiros e problemas psicológicos e psiquiátricos...: "Somos Bombeiros. Nada do que é humano nos é indiferente!"             Essa é a grande verdade, somos pessoas normais. Mesm...

terça-feira, 13 de agosto de 2013

DOR DE HERÓI

PESQUISA MOSTRA, QUE APESAR DA IMAGEM DE HOMENS DESTEMIDOS, BOMBEIROS DO RIO PODEM SOFRER COM PELO MENOS TRÊS SÍNDROMES CAUSADAS PELA PRESSÃO DO TRABALHO. UMA DELAS É A FADIGA DA COMPAIXÃO

BEATRIZ SALOMÃO

Rio - Bombeiros: super-heróis do mundo real, mestres em salvar vidas e presentes em situações que vão de acidente de carro a tragédias ambientais. Porém, por trás da farda e da imagem de invencíveis, há pessoas suscetíveis a sentimentos de ‘gente comum’. Pesquisa com 20 bombeiros do Rio de Janeiro revelou sinais de estresse e de transtornos mentais e comportamentais relacionados ao trabalho.

Participaram do estudo militares em atividade de diversas patentes e de ambos os sexos. Além do desgaste psicológico, encontrado em todos os bombeiros, foram identificados casos da Síndrome de Burnout, do transtorno de estresse pós-traumático e da fadiga da compaixão (redução desse tipo de sentimento).

Os dados, coletados em 2011, integram a tese de doutorado ‘A análise da relação trabalho e saúde na atividade dos bombeiros militares do Rio de Janeiro’, da psicóloga Kátia Maria Oliveira de Souza, do Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz. Durante as entrevistas, foram expostas fotos de bombeiros em atividade. O mecanismo gerou identificação dos profissionais e serviu de estímulo para que eles narrassem a própria trajetória. “Eles são vistos como bravos e guerreiros e a imagem de herói contribui para que as consequências do trabalho na saúde fiquem escondidas”, aponta.

IRRITABILIDADE, PESSIMISMO, DEPRESSÃO

Há ligação direta entre as síndromes identificadas e o trabalho na corporação, já que profissionais das áreas de saúde, educação e serviços assistenciais compõem o grupo de risco para esse tipo de problema. Teng Chei Tung, médico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, explica que o principal traço do Burnout é o esgotamento emocional devido ao trabalho. Os sintomas incluem irritabilidade, insatisfação com a vida, pessimismo e, em alguns casos, depressão.



Segundo o psiquiatra, a fadiga da compaixão é um efeito do Burnout e seria uma espécie de defesa. “ No caso dos bombeiros, depois de tanto trabalhar em situações adversas, ele acaba ficando anestesiado. Não sofre tanto diante de algo ruim”. Ao contrário da Síndrome de Burnout, que é um problema de esgotamento crônico, o estresse pós-traumático consiste em uma situação de luto causada por um evento negativo, como acidente grave ou morte.

Os sinais (apatia, depressão e isolamento social) devem permanecer por mais de seis meses. Teng ressalta que o problema causa, inclusive, alterações físicas no cérebro, como a morte de neurônios. “Em muitos casos, pessoas que sofrem com esses transtornos fazem uso de álcool e drogas para amenizar o sofrimento”, declara. Dieta saudável e equilíbrio entre lazer e trabalho ajudam a evitar os transtornos.

TERAPIA PARA LIDAR COM A ROTINA HOSPITALAR

Profissionais da rede estadual de saúde, como médicos e enfermeiros, contam com tratamento psicológico. O Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, é a unidade de referência para a prevenção de estresse ligado ao trabalho. Além da terapia, há sessões de acupuntura e shiatsu.

Segundo a Secretaria estadual de Saúde, são cerca de 500 atendimentos por mês. A equipe é composta por especialistas em psiquiatria, psicologia, cardiologia, fisiatria (medicina física e reabilitação), nutrição e fisioterapia.

De acordo com a psicóloga da unidade, Bárbara Rocha, os profissionais que mais apresentam transtornos são os técnicos de enfermagem, seguidos por enfermeiros, médicos e assistentes sociais. “O serviço trata, principalmente, do sofrimento psíquico, ocasionado pelo dia a dia no hospital. Nas sessões, o profissional é convidado a falar sobre si mesmo e sobre o motivo do estresse”, disse.

Os problemas mais comuns são ansiedade e depressão. Há ainda casos de dificuldade de adaptação à rotina hospitalar. “Os principais relatos estão relacionados às dificuldades de lidar com o sofrimento, com a dor e com a morte de pacientes”, descreve.

'É PRECISO SE VER COMO SER HUMANO'

TENENTE-CORONEL PATRÍCIA FIGUEIREDO, PSICÓLOGA DO CORPO DE BOMBEIROS



Tenente-coronel Patrícia Figueiredo Foto: Divulgação

Em 2012, o Corpo de Bombeiros iniciou um treinamento especial com comandantes. Nada sobre salvamentos. O assunto foi como identificar alterações psíquicas relacionadas ao trabalho. Na corporação há 11 anos, a tenente-coronel Patrícia Figueiredo conta que o grande desafio é sensibilizar os bombeiros sobre a necessidade de lidar de forma ‘humana’ com a tensão.

1. Por que iniciar o acompanhamento psicológico?
— Temos uma realidade que envolve imprevistos e estresse. E esse estresse pode virar doença. Trata-se de um trabalho preventivo para evitar Burnout e estresse pós-traumático nos bombeiros.

2. O que já foi feito?
— Capacitamos comandantes para identificarem problemas psicológicos. Temos no hospital da corporação um espaço para tratar casos diagnosticados como transtornos.

3. Que tipo de tratamento é oferecido aos profissionais?
— Temos terapia individual e em grupo. O primeiro grupo foi formado em maio com 10 bombeiros. A maioria trabalha em resgate aéreo e rabecão, situações de grande estresse. São feitos dez encontros com duas horas cada.

4. Quais são os resultados?
— Há grande melhora individual e na corporação. Promovemos o bem estar do bombeiro, o que evita que haja baixa produtividade.

5. A imagem de herói que eles têm é uma pressão extra no trabalho?
— Sim. Eles usam farda e salvam vidas, mas por trás disso há um ser humano. É importante que eles próprios se enxerguem assim.

FONTE: Jornal O Dia

quarta-feira, 13 de março de 2013

PSICOLOGIA E RELIGIÃO



O papel da religião na vida psíquica dos indivíduos.

A palavra religião vem do latim religio, derivado de religare, “atar”, “ligar”, podendo ser interpretada como o laço que une o homem à divindade.
Na maioria das sociedades, o papel da religião é explicar os conteúdos existenciais do ser humano, tentando obter respostas às perguntas que não possuem fundamento, como: de onde viemos, o que estamos fazendo aqui e para aonde vamos depois da morte.
Psicanaliticamente falando, a religião é uma neurose obsessiva da humanidade, tal como a neurose obsessiva da criança, que surge a partir do complexo de Édipo (conceito fundamental da psicanálise), caracterizado por sentimentos ambivalentes de amor e hostilidade existentes no relacionamento entre pai e filho.
Freud afirma que, a necessidade que civilizações possuem em controlar os instintos e impulsos dos seus indivíduos estabelecendo uma ordem moral, foi utilizada para difundir as religiões, pois aparentemente as leis divinas eram e continuam sendo muito mais sólidas e poderosas do que as leis humanas. Deste modo, passa-se a obedecer aos preceitos da sociedade devido o temor do castigo pela ordem divina.
Sempre existiram muitos autores e pensadores que demonstraram suas visões sobre religiões, mas o estudo científico das religiões iniciou-se no século XIX.

Analisando pelo lado do estudo científico, os argumentos apresentados por Freud possuem um teor crítico com relação à origem, desenvolvimento e manutenção das idéias religiosas, mas sempre apresentados de maneira objetiva e direta, enquanto Jung estuda a religião de maneira enigmática com certo toque de romantismo, admitindo a existência de um Deus interno, não materializado, que não significava a existência de um criador autônomo como a grande maioria das religiões alegam.

No aspecto filosófico, Osho, filósofo indiano que sempre se dedicou a questionar os dogmas políticos, sociais e religiosos da sociedade, adepto da meditação zen, afirmava que existe uma religiosidade sem necessariamente precisar existir a religião e o conceito de Deus, podendo haver espiritualidade apenas por uma filosofia moral, um estado de consciência livre, que não é condicionada pela mente, ou seja, não se acredita no que as crenças forçam a acreditar, mas sim o que sua consciência deseja crer.


O tema proporciona milhares de interpretações por ser um campo vasto de conhecimento, mas aqui completo o raciocínio da tríade das instituições sociais: a ciência, a filosofia e a arte, que são representações do universo e constituídas por neuroses.Observando a pintura de Michelangelo na abóbada da capela Sistina, a figura denominada como ‘A criação de Adão’ impressiona pelo fato de demonstrar a onipotência divina manifestada na sua infinita grandeza que concebeu a criação do primeiro homem, dando sentido à construção do universo. A pintura, que pode ser nomeada como símbolo da ligação do Homem com o Divino, expressa o momento em que Deus, após ter criado a luz, a terra e tudo que nela existe, concedeu a vida a um ser dotado de inteligência e autoridade sobre todas as coisas existentes no mundo feito à sua imagem e semelhança.

Conforme apontado por Freud, um caso de histeria pode ser o retrato de uma obra de arte, ou uma neurose obsessiva pode ser a representação de uma religião e até um delírio paranóico poderia ser a caricatura de um sistema filosófico. Mas, neste caso, apenas um caso de neurose – a religião – representado nas três formas de instituições sociais.
No último ano de faculdade, dediquei-me a este estudo que gerou a compreensão da existência e desenvolvimento das idéias religiosas e sua conexão com a vida psíquica dos indivíduos, estudados a partir dos dois principais textos sociais de Freud: Totem e Tabu e O Futuro de Uma Ilusão.
Com base no que foi estudado, pude concluir que a psicanálise não pode atribuir a uma única fonte a origem de algo tão complicado como a religião.
Ficou claro que a humanidade sempre se sentiu desprotegida frente às forças sobrenaturais, tornando este desamparo tolerável a partir de criações de deuses, e posteriormente um Deus com poderes sobre-humanos capaz de minimizar todo este sofrimento.
Mas, os fenômenos religiosos possuem uma propriedade psicanalítica que manifesta o desenvolvimento de neuroses em seus adeptos, chegando a transformá-la na própria neurose.
Uma das problemáticas estudadas foi o fato das religiões, após tanta evolução cultural, tecnológica e científica, ainda exercerem um papel onipotente e essencial na vida psíquica dos indivíduos.
Os crentes, na definição literal da palavra – aqueles que crêem, parecem se unir a uma religião por vínculos afetivos, de maneira que nunca iriam permitir que sua fé fosse desviada ou banida. Ainda, existem pessoas que não são crentes, mas obedecem aos preceitos da civilização por se sentirem intimidados pelas ameaças da religião e se vêem obrigados a segui-los por fazer parte de sua realidade.

by Flávia Rezende

segunda-feira, 4 de março de 2013

Pensar demais antes de agir pode levar à estagnação

Marina Oliveira e Rita Trevisan do UOL, São Paulo



 Estarmos sempre antenados, em busca constante por informações, é uma cobrança da vida moderna. Aparentemente, quanto mais conhecimento adquirimos, mais bem preparados estamos para enfrentar situações desafiadoras. Por outro lado, o excesso de considerações pode prejudicar o impulso humano fundamental: a ação.    "Raciocinar demais diante das situações é uma tentativa de dominar todas as possibilidades e efeitos das nossas decisões. Só que, com isto, diminui a nossa capacidade de ação e podemos ter dificuldade para encontrar soluções criativas", explica a psicóloga Elisa Villela, doutora em desenvolvimento humano pela USP. Assim, pensar menos pode permitir a descoberta de saídas mais inovadoras para os mesmos problemas, o que só é possível quando acessamos um conhecimento previamente adquirido, que alguns especialistas chamam de intuição.
Em linhas gerais, a reflexão pode e deve ser o primeiro passo para a tomada de atitude. No entanto, se ela começar a bloquear os movimentos e provocar estagnação, também pode sugerir uma insegurança sobre o próprio potencial, que precisa ser investigada com mais cuidado. "Algumas pessoas postergam decisões por acreditarem que o repertório de informações que possuem nunca é suficiente", alerta a doutora em psicologia clínica Maria Elisabeth Montagna, professora da PUC de São Paulo.    O ponto de equilíbrio A solução, portanto, não é deixar de pensar antes de agir, mas, na medida do possível, conciliar impulsividade e raciocínio. "Em determinadas situações, é importante se dar ao direito de agir num ímpeto. Tomar decisões e assumir determinados comportamentos pode implicar em se permitir ser agressivo, mas não no sentido destrutivo. Estamos falando daquela agressividade vital que todos nós precisamos para delimitar nosso espaço no mundo", defende Elisa.   Para conseguir agir dessa maneira, a psicóloga explica que maturidade e um bom nível de autoconhecimento são essenciais. Com isso, é possível atender aos próprios desejos sem perder o contato com a realidade. "Em alguns casos, pode ser benéfico pensar um pouco menos e  adotar comportamentos emocionais, independente das consequências não tão positivas a médio e longo prazo", afirma Reginaldo do Carmo Aguiar, psicólogo especialista em terapia comportamental. "Isso não significa ser inconsequente, mas ter ideias e pensamentos flexíveis, aceitando que erros fazem parte da vida", acrescenta.
A intuição a seu favor Na hora de decidir também vale tirar proveito da intuição, ou seja, aquela sensação que nos aparece repentinamente trazendo uma certeza íntima sobre a validade de determinada atitude, mesmo quando somos incapazes de explicá-la de forma objetiva.    "A intuição é a habilidade de processar informações inconscientemente, sem a intervenção do raciocínio lógico. Ela se desenvolve por meio de experiências e memórias acumuladas no decorrer da vida", define a psicóloga Katia Rech, do Centro de Desenvolvimento da Intuição e Criatividade. É como se tudo o que você viveu e aprendeu fosse arquivado e, quando é necessário, estas informações se organizam e surgem à mente num insight, sem que você consiga identificar os passos que levaram até a essa ideia.    "Nunca temos certeza absoluta a respeito de uma intuição e, por isto, tendemos a descartá-las sem verificar sua veracidade e aplicação", declara Katia. Segundo a especialista, quando há pouca informação disponível e é necessário tomar uma decisão, esta capacidade pode ser mais útil do que questionar-se repetitivamente em busca de uma certeza.    Meditação, ioga, técnicas de relaxamento e atividades ligadas à arte são maneiras de conectar-se a si mesmo e de desenvolver ainda mais a intuição. Contudo, deve-se saber o momento de usá-la e quando é preciso submeter os sentimentos íntimos à uma reflexão mais profunda. E, sobretudo, cuidar para que esta reflexão não se prolongue indefinidamente, levando ao estado improdutivo de inércia.

domingo, 3 de março de 2013

Lenine - Paciência



Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber ?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber ?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber ?
Será que temos esse tempo
Pra perder ?
E quem quer saber ?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
A vida não para...